O Vale do Ribeira conta com aproximadamente 50 comunidades remanescentes de quilombos. Somente em Eldorado temos 13 comunidades quilombolas e uma aldeia Indígena.
As comunidades quilombolas são grupos com identidade cultural própria, que foram formados por meio de um processo histórico iniciado nos tempos da escravidão no Brasil. Tais grupos simbolizam a resistência a diferentes formas de dominação, mantendo forte ligação com sua história e trajetória, preservando costumes e cultura trazidos por seus antepassados...
A culinária da região é de dar água na boca! Bolo de roda, taioba, cuscuz de arroz, biju de amendoim, de mandioca, mel e açúcar mascavo, carás, batata-doce e inhame são algumas das delícias do café da manhã oferecido nas comunidades quilombolas.
- Quilombo do Ivaporunduva:
Líder comunitário: Elson Alves (13) 98106-5573
Na chegada ao Quilombo, ocorre recepção na comunidade por monitores locais e diversas atividades: palestra com liderança quilombola (história da formação do quilombo, lutas, conquistas e resistência); oficinas temáticas de caça e pesca, artesanato; farmácia viva; agricultura de subsistência; bananal orgânico; viveiro de mudas nativas; garimpo do ouro; gastronomia local; vivência com uma família quilombola; contação de histórias, lendas e causos locais; tutuca de pilão; tráfico de farinha de mandioca; atividade simbólica e confraternização com plantio de árvores nativas e fechamento das atividades.
O quilombo do Ivaporunduva é a comunidade tradicional mais antiga do Vale do Ribeira. Ela possui cerca de 3 158,11 ha (hectares) de extensão e 80% de sua área ainda é coberta por Mata Atlântica. Eles sobrevivem principalmente através do cultivo de roça: arroz, mandioca, milho, feijão, verduras e legumes para uso próprio, já a sua renda é obtida principalmente através da produção de banana orgânica, artesanato e turismo. A maioria das casas é feita de alvenaria onde algumas delas mantém a tradição original sendo feitas de pau-a-pique. Os quintais das casas chegam a medir em media 250 metros quadrados e neles são cultivados plantas frutíferas (laranja, abacate, limão, banana, etc), hortaliças e plantas medicinais.
Desde 1994, ano em que foi fundada, a comunidade foi se desenvolvendo em torno da Associação Quilombo de Ivaporunduva. Os quilombolas de Ivaporunduva tem uma vida simples. Hoje, a maioria vive em casas de alvenaria, mas ainda existem alguns que mantém a tradição e moram em casas de pau-a-pique ou sapê. A maior parte do território de Ivaporunduva é composta por bananais, que é sua principal fonte de renda. Aproximadamente são 120 mil pés de banana que chegam a produzir 600 caixas semanalmente. Eles utilizam um sistema cooperativo para a divisão do lucro.
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A Capela de Nossa Senhora do Rosário foi edificada em taipa de pilão, por escravos por volta de 1775. A região possuía relevância na época pela extração de ouro. A edificação possui corpo único, coberta por telhado de duas águas, com fachadas bastante simplificadas. Possui na frente uma porta principal e janelas superiores. A Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Ivaporunduva, o templo religioso mais antigo do Alto Vale do Ribeira.
PREÇOS E ROTEIROS DENTRO DO ATRATIVO:
Observação: as oficinas são demonstrações práticas da vivência Quilombola, da luta e resistência na conquista do território.
O almoço envolve comida caseira à base de produtos orgânicos produzidos nos quilombos.
De 26 a 50 pessoas, para um dia: R$ 800,00/grupo;
De 5 a 26 pessoas, para um dia: R$ 400,00/grupo;
De 1 a 5 pessoas, para um dia: R$ 185,00/grupo.
Observação: Motoristas e guias terão cortesia, e o grupo deverá pagar um sinal de 20% 10 dias antes da visita e, o restante, no dia da visita.
Estão inclusos:
Entrada no Quilombo;
Palestrante quilombola;
Monitores ambientais locais especializados;
Coordenação Geral das Atividades;
Quatro oficinas de atividades;
Carro de apoio;
As refeições custam R$ 35,00 para cada pessoa, e acompanham suco natural, água e sobremesa à vontade. Já refeições no fogão a lenha, feitas em uma cozinha tradicional de pau a pique, saem por 45,00 por pessoa, e também acompanham suco natural, água e sobremesa à vontade. Inclusão de mais oficinas fora do pacote custa R$120,00 cada
Observação: A Trilha do Ouro tem uma taxa extra e R$ 25,00 por pessoa e, a Trilha Cachoeira do Braço Grande (com capacidade para 20 pessoas), de R$25,00 por pessoa.
Referência das atividades:
1 - CAÇA E PESCA: Consiste em conhecer as armadilhas antigas que foram usadas pelos quilombolas para conseguir seus alimentos na natureza. A demonstração será na mata e no rio.
2 – ARTESANATO: O grupo confeccionará o artesanato de fibra de bananeira desde a retirada da fibra no caule da bananeira, até a tecelagem no tear.
3 – FARMÁCIA VIVA E PLANTAS MEDICINAIS: Conhecer as plantas medicinais usadas para a prevenção e cura de diversas doenças, desde a época dos escravizados até os dias atuais.
4 – AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA: Nessa atividade, o grupo conhecerá as roças de subsistência dos Quilombolas, onde o visitante aprenderá a plantar uma espécie da época.
5 - BANANAL ORGÂNICO: Nessa atividade, o grupo aprenderá todo o processo do cultivo da banana orgânico, desde o plantio até a colheita.
6 – VIVEIRO DE MUDAS NATIVAS: O grupo conhecerá o viveiro de mudas nativas e aprenderá sobre a sua importância na Mata Atlântica e para o ecossistema. O grupo poderá plantar uma muda que simbolizará a imersão do grupo no Quilombo.
7 – GARIMPO DO OURO: Nessa atividade, o grupo entenderá como os escravizados faziam o garimpo e mineração do ouro de aluvião. Momento também de entender a história da colonização do Vale do Ribeira.
8 – BARREAMENTO: Conhecer o processo de construção de uma casa de pau-a-pique, entender a arquitetura desse modelo de construção trazido da África, realizar o barreamento das paredes da casa na prática, bem como saber como é a vivência das famílias que usaram e ainda usam esse modelo de moradia.
9 – GASTRONOMIA TRADICIONAL QUILOMBOLA: Nessa atividade, o grupo aprenderá como era preparada a alimentação no fogão a lenha (taipa) tendo demonstração de como cozinhar alimentos na brasa.
10 – ATRATIVO NOTURNO: trata-se da Trilha da Maria Joana, passeio noturno para estudos da biodiversidade da Mata Atlântica.
11 – ATRATIVO NOTURNO: pesca com facho, um sistema de pesca noturna com facho feito com bambu no modo tradicional.
12 – VIVÊNCIA COM UMA FAMÍLIA QUILOMBOLA: Nessa atividade, o grupo passará meio período junto a uma família Quilombola, aprenderá e participará da rotina da mesma. Atividade limitada a dez pessoas por família, com taxa diferenciada de R$ 150,00 por família visitada e vivenciada.
13 - CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS, CAUSOS E LENDAS QUILOMBOLAS: Essa atividade consiste em ouvir histórias, causos e lendas quilombolas contadas por um morador local, sendo que os participantes poderão interagir e participar a todo o momento. Duração de uma hora.
14 - TUTUCA DE PILÃO: Aprender a socar arroz em casca no pilão da mesma forma que os nossos antepassados faziam e saborear esse arroz em uma das refeições.
15 -TRÁFICO DE FARINHA DE MANDIOCA: Essa atividade consiste em fazer todo o processo de produzir farinha de mandioca de forma artesanal. desde a colheita até o produto final.
Itapeúna (Distrito)
(Á caminho da Caverna do Diabo, Queda do Meu Deus e Quilombos).
Seu primeiro nome foi Jaguari, devido ao rio que fica em seu território e possui este nome, palavra proveniente de Jaguatirica, uma espécie de onça existente na região e que vinha beber em suas águas.
Em 14 de novembro de 1900, pelo decreto de número 752, foi criado o distrito de Itaúna, nome de origem tupi, cujo significado é “pedra preta”.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município de Xiririca ficou constituído de 3 distritos: Xiririca, Sete Barras e Jaguari.
Pelo decreto-lei estadual nº 14334, de 30/11/1944, transferiu-se o distrito de Sete Barras do município de Xiririca para o de Registro. Sob o mesmo decreto, alterou-se a denominação de Itaúna para Itapeúna e, ainda pelo referido decreto, foi criado o distrito de Barra do Braço, com terras desmembradas do distrito de Itapeúna.
O açude tem duas vias de acesso, na parte inferior uma área mais apropriada para banho, explorada antigamente pelo Coronel Alcides Mariano. A primeira instalação de energia elétrica, o próprio coronel ligava o dínamo através do açude, investindo no mesmo conseguia antigamente com alguns postes para gerar energia elétrica para a população mais rica. São ribeirões privados
Igreja Bom Jesus do Deserto
Praça Coronel Alcides Mariano
A Família do Padre Vitório Peyla foi responsável como consta em documento oficial no Museu de Iguape com a construção das Igrejas Católicas em Eldorado, assim como a igreja de Itapeúna. A estrutura da praça, o espaço da praça não mudou, a arborização mudou bastante, na estrutura da praça é a mesma, A igreja já foi branca e amarela, as marcas da grande enchente são nítidas na igreja.
Líder Comunitário: Ivo Rosa: (13) 99628-3609
* Vivência quilombola;
* Oficinas do sistema agrícola quilombola;
* Turismo artesanal gastronômico;
* Pratos como Caponata (umbigo da banana refogado) e Batume; Á partir de 40 R$ reais por prato.
* Suporte pra camping (Vivência perto do rio); Preço depende do grupo pessoas.
* Danças como Nha Maruca; (Agendado no mínimo de três dias antes).
* Turismo folclórico (Conto histórico e lendário)
* Oficinas de cestaria, e da fibra da banana (Preço a combinar).
* 3 Casas de hosepedaria: Iolanda, Valdomiro e Regina Rosa.
* Restaurante Rota das Cachoeiras: 2 min do Quilombo do Sapatú
* Cachoeira do Sapatú, Vale das Ostras e Queda do Meu Deus.
Barra do Batatal: Raíz de Xiririca e um dos provedores do Ciclo do Ouro
1635: O ano marca a construção da Casa de Fundição, em Iguape, a primeira casa de fundição de ouro do Brasil. Surgem os arraiais de mineração: Registro (porto de arrecadação de ouro do Vale do Ribeira), Sete Barras, Jaguari (embrião de Xiririca), Batatal (ex-Boa Esperança), Braço, Ivaporunduva (nascido Vapurunduba), Iporanga (Sant´Ana) e outros.
Criado o distrito de Iguape. Por essa época, moradores de Iguape e Cananéia já há muito tempo pesquisavam rios e ribeirões da região atrás de ouro e outros minerais. Subiam o Ribeira em direção ao Santo Antônio das Minas (Apiaí). O povoamento do Vale do Ribeira, até então circunscrito às proximidades do mar, avança agora rio acima, para o interior. No vale, começa a desenvolver-se o Ciclo do Ouro”. O ano marca a construção da Casa de Fundição, em Iguape, a primeira casa de fundição de ouro do Brasil. Surgem os arraiais de mineração: Registro (porto de arrecadação de ouro do Vale do Ribeira), Sete Barras, Jaguari (embrião de Xiririca), Batatal (ex-Boa Esperança), Braço, Ivaporunduva (nascido Vapurunduba), Iporanga (Sant´Ana) e outros.
Sonhava-se em fazer do Ribeira de Iguape, um trajeto turístico. Era possível, chegou-se a imaginar, uma linha que, saindo do Rio de Janeiro, passasse por Xiririca até atingir, por tortuosos caminhos, a Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul. Contudo, apenas uma vez, em 1893, um vapor conseguiu chegar a Barra do Batatal. Dez anos depois, repetir-se-ia a viagem. Estando o navio Paulistano em Xiririca, seu proprietário e comandante Ernest C. Young seguiu rio acima, com destino a Jaguari (Hoje Itapeúna) levando como passageiro o cel. Joaquim Brasileiro Ferreira, presidente da Câmara Municipal. Em Jaguari, outras pessoas embarcaram e o vapor seguiu para o Batatal. A primeira fase da viagem, comprendendo 23 quilômetros, consumiu pouco menos de quatro horas. No trajeto de 13 quilômentros entre Jaguari e Batatal, gastaram-se duas horas e quarenta minutos. A rota rio abaixo levou apenas uma hora e quarenta e cinco minutos passando o vapor as corredeiras com facilidade, apesar das curvas rápidas que era obrigado a fazer. No dia seguinte, quase todo o povo do Jaguari fretou o navio para a viagem. O evento, porém, foi ensombreado por um trágico incidente. Enquanto esperava o vapor, Manoel Mariano Pereira, líder político de Itapeúna, ao aproximar-se de um engenho, teve a cabeça colhida pela sua roda, morrendo instantaneamente. Mariano Pereira foi várias vezes vereador em Xiririca e exerceu o cargo de intendente municipal. Originário de Paranaguá, veio para Xiririca no início dos anos de 1860. Fundou a Fazenda Jaguari e foi proprietário de terras, entre outros lugares, no sítio da Abóbora. Seu filho, Alcides Mariano, prefeito de Xiririca, deu continuidade à sua herança política, cuja influência perdura até hoje.