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NOSSA HISTÓRIA
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              Neguinho d’agua no Vale do Ribeira
A água encontra franco acolhimento no imaginário de todos os povos.
Nas águas brasileiras, europeus, africanos e indígenas inscreveram e mesclaram suas crenças e mitos. Assim, temos no Brasil uma extensa mitologia das águas, abrangendo mitos relacionados aos mares, rios, lagos, fontes e à chuva.
Os portugueses também colaboraram com a mitologia das águas brasileiras. Os portugueses, homens do mar, possuíam a tradição das lendas marítimas, de tritões, sereias e animais fabulosos.
Dizem os pescadores ribeirinhas que essas carrancas conjuram os malefícios do caboclo d’água, entidade mítica do rio.
Habita as margens dos rios que correm pelo vão do Ribeira. É todo preto. Cabeça pelada. Mãos e Pés de pato. Aparece entre pedras, à tardinha ou em noites de luar, a canoeiros e pescadores do Ribeira e seus afluentes. E procura virar a canoa.
No Vale do Ribeira, foram coletados relatos nos quais os negros d’água apresentavam características muito semelhantes á de outras regiões do país. Elaborado pelas comunidades negras que há centenas de anos habitam a região do rio Ribeira de Iguape, o objetivo deste artigo é analisar as possíveis matrizes culturais e os sentidos do mito do negro d’água.

Conta a lenda que o Negro D'água ou Nego D'água vive em diversos rios. Manifestando-se com suas gargalhadas, preto, careca e mãos e pés de pato, o Negro D'água derruba a canoa dos pescadores, se eles se negarem de dar um peixe. Em Eldorado, ainda existem pescadores que, ao sair para pescar, levam uma garrafa de cachaça e a jogam para dentro do rio, para que não tenham sua embarcação virada.
                   
Segundo a Lenda do Negro D'Água, ele costuma aparecer para pescadores e outras pessoas que estão em algum rio. Não se há evidências de como nasceu esta Lenda, o que se sabe é que o Negro D'Água só habita os rios e raramente sai dele, seu objetivo seria como amedrontar as pessoas que por ali passam, como partindo anzóis de pesca, furando redes dando sustos em pessoas a barco, etc. Suas características são muito peculiares, ele seria a fusão de homem negro alto e forte, com um anfíbio. Apresenta nadadeiras como de um anfíbio, corpo coberto de escamas mistas com pele.
















Saci Valeribeirense 


Em 1876, o vapor “São Pedro” (anteriormente chamado de “Iguapense”), repleto de seletos passageiros, singrava pela primeira vez as águas do rio Ribeira, em viagem de turismo, soltando, a intervalos regulares, um estridente apito.
Quando a embarcação se aproximou da casa dos caboclos, Nhá Tuca, que nunca ouvira semelhante som, pôs-se a correr afoitamente pelo mato, bradando pelo marido. Batata, igualmente assustado pelo apito do vapor, que cada vez mais se aproximava, disparou em louca correria pela floresta.
O casal, extremamente supersticioso, acreditou que tal ruído fosse emitido por um saci endemoninhado. Correndo pelo mato, Batata foi encontrar Nhá Tuca, que estava com as roupas totalmente rasgadas e o corpo bastante machucado, ajoelhada próxima a uma touceira de carapiás, que dizem ter o poder de espantar o coisa-ruim.
Daí a pouco, o vapor “São Pedro”, já em demanda do porto de Iguape, apitou novamente e, em virtude da distância, o som ia se tornando gradativamente mais fraco. O casal, ingenuamente, pensou que o “saci” estava indo embora.
– Está vendo, mulher... – disse Batata. – O diabo do saci já foi simbora, depois de ter dado seu grito endemoninhado e trazer água no peito que até fazia sonununga!...
– É verdade – disse Nhá Tuca, ainda abalada. – E o bicho até fazia timimina na frente... – E, virando-se para o rio, enquanto alisava as pernas amortecidas e escalabradas pelos espinhos: – Que vá simbora esse tinhoso e não volte mais!...
         Foi nessa hora que Batata reparou que perdera a sua velha espingarda, e espantou-se ao ver em torno da cintura algumas cabeças de pássaros. Na ânsia de correr do saci, caindo e se levantando no meio dos espinhais, os corpos dos pássaros foram ficando espalhados pelo mato.
Nhá Tuca se benzia da cabeça aos pés e dizia que tudo fora obra do maldito saci. Que fosse para as profundezas debaixo da terra e arrebentasse por lá.
        Texto extraído das "Reinações do Saci", do Historiador Roberto Fortes.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
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